Hidratando a Alma: Filme “A Sociedade da Neve” – Juan Antonio Bayona
Ooooiiiieeee!!!
Partiu hidratar a alma nesse sabadão com o filme espiritualista de hoje: A Sociedade da Neve, lançado em 2023, com direção de Juan Antonio Bayona, baseado em fatos reais e de um livro com o mesmo nome e está disponível na Netflix.
Antes, um aviso: O filme é pesadíssimo e possui muitos gatilhos. Além disso, spoilers são necessários para melhor entendimento. Qualquer coisa, procure o CVV.
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Inspirado em uma história real e baseado no livro homônimo de Pablo Vierci, A Sociedade da Neve fala sobre o caso que ocorreu em 1972, quando o voo 571 da Força Aérea Uruguaia, fretado para levar uma equipe de rugby ao Chile, cai em uma geleira no coração dos Andes. Apenas 29 de seus 45 passageiros sobrevivem ao acidente. Presos em um dos ambientes mais inacessíveis e hostis no planeta, eles são obrigados a recorrer a medidas extremas para se manterem vivos.
O mesmo se passa no Chile e conta a história de um time de rugby que está se preparando para viajar. Até então, cada um tem a sua história e o filme vai mostrando as ligações entre eles.
Até que chega o dia a equipe embarca em um voo fretado da Força Aérea Uruguaia e o mesmo cai nos Andes. Dos 45 passageiros, apenas 29 sobreviveram de imediato. A partir de então, o telespectador passa a acompanhar o desenrolar dos acontecimentos, onde aqueles que ficaram lutam pela sobrevivência e também buscam por socorro de algum jeito.
Com o passar dos dias e meses, a narrativa vai se misturando com os verdadeiros ainda vivos com aqueles que desencarnaram ou que estão desencarnando. Tudo isso é mostrado de uma forma muito tênue e bem contínua, onde somente com muita observação das cenas e das falas é possível ter um maior entendimento.
Além disso, as questões da fé, resiliência, empatia, caridade e entendimento real do que se está passando são abordadas. Em alguns momentos, as notícias do acidente de verdade se misturam com jeitos de abrir os olhos espirituais daqueles ainda apegados nos amigos e na situação. Este tópico em específico, somente quem tem olhos espirituais um pouco ou muito abertos vai compreender.
Do meio para o fim, quem está vendo começa a observar mais quem está narrando, digamos assim. E parece ficar nítido um combinado entre dois mundos, também uma forma de honrar e lembrar daqueles momentos e que alguns ainda estão realmente dormindo como se não houvesse amanhã, mesmo que o fato tenha acontecido em 1972.
A obra não é aquele bom e velho aprendizado com leveza, mas é extremamente reflexivo o tempo todo. E também é uma boa pedida para quem gosta de questões espirituais no modo contínuo em linhas tênues. No fim do fim, ainda deixa em aberto um número bastante significativo e é comentado por quem está narrando. Aquele que você só presta atenção do meio para o final. Então né!?
E sim! A Sociedade da Neve termina e, apesar de todos os pesares, você quer que tenha uma continuação para saber as consequências, em todos os níveis, dos reais sobreviventes, inclusive do próprio autor do livro. E não! Apesar de se tratar de canibalismo, o filme não retrata o tempo inteiro isso e nada que uma mexida no celular nessas horas não resolva. E quem está dando essa dica é alguém extremamente fraca para essas coisas.
Para quem curtiu, existe um documentário dentro da Netflix chamado A Sociedade da Neve: Quem Fomos na Montanha que vem trazendo relatos dos diretores, de todo o processo criativo e dos sobreviventes.
Qualquer dúvida ou sugestão é só escrever nos comentários ou enviar um e-mail para contato@hidratarvicia.com.br
Beijos! 🙂
I completely agree with your points. Well said!