Hidratando a Alma: Documentário Zé Arigó
Oooiiieeee!!!
Hidratando a Alma deste sábado é um pseudo esquenta de preparação para o filme que sairá sobre o Zé Arigó em setembro (Post sobre o assunto aqui). Em 2005, o programa Linha Direta fez um especial sobre o médium e a dica me foi enviada por uma seguidora lá no Instagram (Muito obrigada).
(Clique aqui para conhecer o conteúdo exclusivo no Instagram)
Nascido em uma fazenda na periferia de Congonhas, José Pedro de Freitas, o Zé Arigó, era o primogênito de uma família de dez irmãos. Desde pequeno viu-se assombrado por imagens macabras que o perseguiam por onde quer que fosse. Já na adolescência recebia a visita nada palpável de um homem que se dizia um médico alemão – Dr.Fritz – já falecido, que tinha a incumbência de praticar a cura de enfermos utilizando o corpo de Zé Arigó. Depois de muito resistir Arigó acabou por se submeter aos apelos do tal espírito. Já adulto Arigó foi preso por exercício ilegal da medicina. Mesmo na cadeia manteve a atividade: atendia internos, parentes, carcereiros e até um delegado da época levou sua mãe para ser operada da coluna. Artistas da televisão, cantores e outras celebridades enfrentavam filas quilométricas para receber o atendimento oferecido pelo médium. Políticos como JK e Jango também se aproximaram dele que era um dos personagens mais populares do país na segunda metade do século passado. Alguns jornalistas, ávidos por desmascara o curandeiro, se infiltraram nas filas, se passando por doentes, buscando desmistificá-los. Sem obter sucesso, alguns acabaram se tornando seus amigos. Sua morte, em janeiro de 1971, foi prevista pelo próprio Zé Arigó. Ela aconteceu de forma abrupta após um acidente na Rodovia BR 040. Por causa das suas convicções Espíritas, que acredita na teoria da reencarnação, a Igreja Católica não permitiu que seu velório fosse realizado em qualquer das igrejas de Congonhas. Trinta e quatro anos depois da sua morte, a ciência ainda se recusa a admitir que o fenômeno Arigó estivesse além do curandeirismo ou charlatanismo. Contestam aquilo que as imagens fartamente gravadas pelas câmeras de TV não permitem esconder.
Para quem não conhece, o programa era em formato de documentário, misturando uma reprodução dos fatos com diversos depoimentos tanto contra como a favor.
Nesta situação, o programa reproduziu José ainda na infância, suas primeiras questões mediúnicas, como se deu o primeiro contato com Dr. Fritz, a primeira cirurgia espiritual feita pela dupla e as consequências do desabrochar total da mediunidade. Além de todos os pré-conceitos existentes na época, tanto é que, quando desencarnado, o corpo de Arigó foi impedido de ser velado em qualquer igreja da cidade.
Ao mesmo tempo, são mostrados depoimentos de pessoas envolvidas tanto diretamente quanto de forma indireta, positivamente e totalmente contrárias e descredulas. Entre eles estão o filho de Arigó, o próprio Divaldo Pereira Franco, pessoas que foram curadas pelo médium e profissionais descrentes da medicina. O intuito era saber se Zé Arigó, de fato, fazia cirurgias espirituais com o auxílio de Dr. Fritz e também auxilia muitas boas de coração ou era tudo charlatanismo para conseguir fama e dinheiro. Por questões óbvias, o programa termina sem nenhuma conclusão e deixa para o telespectador refletir sobre o assunto.
Metaforando e comparando, Zé Arigó foi um João de Deus que deu muito certo. Ajudou de fato e por caridade e não fez nenhum mal físico, emocional e/ou espiritual a alguém. Pelo menos, não existem evidências destas situações. Do começo até seu desencarne, Arigó se manteve da mesma forma, inclusive nos momentos mais turbulentos e serve de exemplo para quem possui mediunidade de cura ou seja curioso sobre o tema. Tanto é que sempre esteve tão conectado com o bem que foi informado do próprio desencarne e não fez absolutamente nada para impedir. A comprovação disso foi quando falou para o cantor Jerry Adriani que iria viajar, mas não disse quando nem para onde.
Para quem, assim como eu, não sabia quase nada sobre o médium, o programa Linha Direta é um ótimo abre alas inicial para saber e se aprofundar mais sobre Zé Arigó. E apesar de ser um meio televisivo tradicional, tratou o assunto de uma forma muito respeitosa na medida do possível. Gostei bastante.
Qualquer dúvida ou sugestão é só escrever nos comentários ou enviar um e-mail para contato@hidratarvicia.com.br
Beijos! 🙂
I appreciate the balanced perspective you provided here.