27/07/2019

Hidratando a Alma: Filme Sete Vidas – Gabriele Muccino

Por Juliana Morgensten de Souza

Oooieeeee!

Antes um aviso: O filme possui muitos gatilhos. Se não estiver bem, passe bem longe. E também de uma conversada com o pessoal do CVV (Clique aqui). Vai ajudar horrores. Obrigada. De nada.

Dito isto! Bora lá!

Partiu hidratar a alma nesse sabadão com a indicação de filme Netflix: Sete Vidas, lançado em 2008, com direção de Gabriele Muccino e tem Will Smith como protagonista.

SINOPSE:

Ben Thomas (Will Smith) é um agente do imposto de renda que possui um segredo trágico. Por conta disso, ele é um homem que tem um grande sentimento de culpa, o que faz com que salve as vidas de completos desconhecidos. Porém, tudo muda quando ele conhece Emily Posa (Rosario Dawnson), pela primeira vez é Ben quem tem a chance de ser salvo.

No filme Will é Ben Thomas que sofre de depressão por ter causado um acidente de trânsito onde 7 pessoas morreram, inclusive a sua noiva.

Ele toma toda a culpa para si e monta um esquema para aliviar o remorso. Com isso, começa a se passar pelo seu irmão para ter acesso ao Departamento do Tesouro dos Estados Unidos e encontrar pessoas para “ajudar no seu projeto”, digamos assim.

O projeto de Ben consiste em salvar 7 vidas, entre elas Emily e um cego. Ou seja, tentando aliviar a culpa pela morte das 7 no acidente.

No meio do caminho, Ben conhece Emily. Ela possui problemas cardíacos e tem poucas chances de vida. Apaixonado, ele inclui ela nos seus planos de redenção interior.

Daí agora vem os spoilers necessários para entendimento da parte espiritual da situação:

Ao longo da vida pós-acidente ele ajudou três pessoas com transplantes, ou seja, aparentemente ele estava aliviando a sua culpa com esses gestos. Certo?

Só que a culpa continuava pesando e ele comete o suicídio mega bem planejado, tanto que os amigos já sabiam. Com isso acaba salvando a vida das outras pessoas.

Inconscientemente ele continuava se culpando. Por um descuido bobo e humano matou 7 pessoas, inclusive a noiva. Todo mundo morre e ele se salva. Por um planejamento mórbido, sem controle e ajuda, salva 7, inclusive o novo amor. Todo mundo se salva e ele morre.

Estou sem palavras. Eu passei o filme inteirinho achando lindo o quão caridoso e humano ele estava sendo. E isso já é uma forma de aliviar a culpa, minha gente!

Ninguém precisa chegar aos extremos para a consciência ficar leve. E também vem aquela velha história de provas e expiações de cada um. Ninguém sabe os motivos de uma pessoa ser cega ou ter problemas cardíacos. Se fosse pelos desígnios de Deus e da Espiritualidade e eles voltassem a enxergar ou com um novo coração, alguma pessoa desencarnaria de modo “natural” para ajudá-los. Mais não dessa forma.

Quantos indivíduos tem coragem, do nada, de doar um pulmão? Um pedaço do rim? Com médula óssea? Simples gestos assim já transformam o mundo. Não seja um mártir de si mesmo.

E algumas pessoas poderiam ter sobrevivido. Se isso não aconteceu é porque era hora delas. É complicado, ainda mais com a noiva, mais ele mesmo se apaixonou novamente. Como dizem: Vida que segue.

Eu gostei do filme num todo. Muito aprendizado. Mesmo com a aura pesada, mostra o quanto ser caridoso e ter empatia pelo próximo é importante. Principalmente para consigo mesmo.

Qualquer dúvida ou sugestão é só escrever nos comentários ou enviar um e-mail para contato@hidratarvicia.com.br

Beijos!