Madame Kardec – Adriano Calsone
Madame Kardec / Adriano Calsone / 288 Páginas / Editora Vivaluz / ☆☆☆☆☆
Oooieeeeee! Tutupom!?
Lá no Instagram me falaram tão bem do livro Madame Kardec (Obrigada, Dayane), que resolvi passá-lo na frente e ler. Não me arrependi.
A obra é uma biografia da esposa de Allan Kardec, Amélie-Gabrielle Boudet. E um pouco também sobre a Doutrina Espírita.
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Na inquieta Paris de 1830, uma professora de artes e poetiza que alcançava destaque pela publicação de vários livros, atraiu a atenção do influente educador francês Hippolyte Léon Denizard Rivail que, anos mais tarde sob o pseudônimo de Allan Kardec, se tornaria conhecido como o codificador dos princípios espíritas.
O primeiro encontro bastou para que o casal iniciasse uma parceria de amor e realizações que duraria mais de quarenta anos.
Dando sequencia ao cuidadoso trabalho de pesquisa iniciado e publicado no livro Em Nome de Kardec, Adriano Calsone traz informações inéditas sobre a história de Amélie-Gabrielle Boudet, esposa de Allan Kardec. O encontro dos dois, arquitetado pelos espíritos superiores, resultou na consolidação dos pilares da Doutrina Espírita.
O livro é dividido em 3 partes: A primeira é a da menina Amélie a Madame Kardec (1795 a 1869). A segunda é a Viúva Kardec (1869 a 1883). Por fim, conta Depois dos Kardec.
Mostra desde os acontecimentos com os pais pré-Amélie, seu nascimento, criação, quando e o relacionamento com Hippolyte e sua importância para o Espiritismo durante e após desencarne de Allan Kardec.
Vemos o quanto Gabrielle era a frente do seu tempo, pois nunca seguiu as regras da sociedade da época e sempre fez aquilo que bem desejou. Nunca se casou por idade, status, comodismo ou pressão. O mesmo valia para a sua profissão.
A obra também comenta sobre a relação com Rivail e as questões do casamento, dos lugares que moravam e do envolvimento sempre com muito amor, companheirismo e cumplicidade.
Um fato curioso é sobre a morte de Allan Kardec: Em todos os lugares comenta-se sobre o mau súbito, porém, no livro é falado de uma queda da escada que teria provocado um AVC. Pelo sim ou não, esse detalhe é o menos importante.
Depois do falecido do seu marido, a vida de Amélie e do Espiritismo vira um caos. Muitos problemas, preconceitos, amigos não tão amigos assim, aproveitadores… Ixiii! Uma função atrás da outra.
Até que esses fatos foram afetando sua saúde e ela foi se afastando das questões espirituais na prática. Até cair, bater com a cabeça na quina de um móvel, ficar em coma durante dois dias e ela desencarnar.
A partir daí vem a terceira parte do livro, contando o Espiritismo depois dos desencarnes tanto de Allan quanto de Amélie.
O texto é de fácil entendimento a todos. A leitura é leve e fluída. Foi meu primeiro contato com o autor e sua escrita e adorei. Quero ler mais coisas do Adriano.
Minha gente! Desculpem o palavrão: Mais que mulher foda! Se hoje ainda enfrentamos preconceito, machismo e descrença de capacidade, imagina naquela época. Em momento algum aceitou ser submissa, mesmo nas situações mais ridículas.
Como sempre dizem: Atrás de um homem, sempre existe uma grande mulher.
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This post really resonated with me. Keep up the good work.
I enjoyed reading this. It’s clear and well-written.