Hidratando a Alma: Filme “Ninguém é de Ninguém” – Wagner de Assis

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Partiu hidratar a alma nesse sabadão com o filme espírita de hoje: Ninguém é de Ninguém, lançado em 2023, com direção de Wagner de Assis, baseado na obra de mesmo nome da autora Zibia Gasparetto (Post aqui), com participações de Carol Castro, Danton Mello, Renata Castro Barbosa, Rocco Pitanga e Paloma Bernardi e está disponível nos cinemas de todo o Brasil.

Antes um aviso: A resenha possui spoilers e o filme tem gatilhos. Se estiver sensível emocional ou espiritualmente, não leia nem veja nenhum dos dois. Qualquer coisa procure o CVV.

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SINOPSE:

Baseado no livro homônimo de Zíbia Gasparetto, Ninguém é de Ninguém segue o casal Gabriela (Carol Castro) e Roberto (Danton Mello), casados e com dois filhos. Roberto perdeu o emprego e quem sustenta a casa é Gabriela, mas com o passar do tempo ele se vê preso a um ciúme doentio pela esposa, seguindo-a em qualquer lugar, fantasiando que sua esposa está tendo um caso com o chefe dela. Dr. Renato (Rocco Pitanga) e sua esposa Gioconda (Paloma Bernardi) também são um casal que está passando por dificuldades. O ciúme, o desespero e a falta de confiança fazem com que esses dois casais tenham suas vidas entrelaçadas por mentiras, relacionamentos desgastantes e tragédias. A medida que os cônjuges se prendem a fantasias irreais de seus pares, a história vai se desenvolver.

O mesmo possui Gabriela e Roberto como protagonistas e ambos vivem situações opostas nas suas vidas profissionais. Enquanto ele é, supostamente, roubado por um funcionário da sua empresa, ela torna-se sócia do escritório de advocacia onde trabalha.

A partir de então, o telespectador passa a acompanhar o desenrolar dos acontecimentos com Roberto ficando ainda mais fechado no seu mundo machista e controlador e Gabriela tentando apreciar essa nova fase da sua vida profissional e sempre contando com o apoio de Renato.

Por aqui e nesta primeira fase do filme, Ninguém é de Ninguém cita muito a questão social e estrutural do machismo como um todo, a não aceitação masculina em depender da mulher / esposa e, muito menos, aceitar que ela tenha subido um pouco mais profissionalmente, enquanto ele perdeu absolutamente tudo.

Como era de se esperar e aos poucos, Roberto vai se cercando de obsessores e pessoas que se afinizam com seu modo de pensar como a esposa de Roberto chamada Gioconda. A dupla entra em uma sintonia sinistra e sem aceitar a amizade de Gabriela e Renato e, com isso, armadilhas começam a acontecer para prejudicar os dois e a dupla ter seu cônjuge só para si…literalmente!

Depois de algum tempo e ainda inconformado com a perda de dinheiro, Roberto vai em busca de um auxílio mais hard e, assim, surge a segunda parte da narrativa e as partes espirituais começam a acontecer de fato e de direito.

Com isso e muito sensível, Gabriela se afasta do emprego e inicia seu declínio espiritual por estar totalmente aberta mediunicamente falando e, a partir de então, conta com o apoio da empregada da casa. Inclusive é com ela que acontecem as partes espirituais, seja por esclarecimentos quanto na prática levando ao Centro Espírita onde trabalha.

Por estar totalmente desequilibrado em todos os aspectos, Roberto desencarna e, como esperado, permanece obsediando Gabriela e também Gioconda. Nesta parte, vemos as diferenciações entre ser sucetível, as consequências dos atos contínios e quanto um emaranhado de situações levam a fatos inesperados. Por fim, o telespectador fica sabendo os motivos das ligações de todos os envolvidos e o filme termina com uma excelente mensagem acalentadora ao som de Dias Melhores de Jota Quest. Tem coisa melhor!?

Ninguém é de Ninguém tem o selo de qualidade Wagner de Assis, ou seja, muitos esclarecimentos ao longo de toda a história, principalmente de como surgem as obsessões e desequilíbrios e como funcionam com os passes e atendimentos espirituais nas reuniões mediúnicas. Tudo de forma bem simples e bem gente como a gente. É uma ótima pedida para quem deseja conhecer agora a Doutrina Espírita real oficial e você termina o filme querendo saber mais sobre os assuntos abordados.

Quanto a comparar filme com o livro: O tema central como um todo continua, assustadoramente, atual e conseguiram colocar as primeiras partes de obra literária na cinematográfica. Ou seja: Provavelmente quem se jogou nos dois, vai poder dizer: “Ficou igualzinho mesmo”. Pelo menos eu tive essa impressão.

Qualquer dúvida ou sugestão é só escrever nos comentários ou enviar um e-mail para contato@hidratarvicia.com.br

Beijos! 🙂