Mar de Fevereiro – Cinthya Amaral Santos
Mar de Fevereiro / Cinthya Amaral Santos / 224 Páginas / Lúmen Editorial / ☆☆☆☆☆
Oooieeeee!
A obra enviada pelo Clube do Livro Boa Nova de abril foi Mar de Fevereiro, escrito pela autora Cinthya Amaral Santos.
Bora para a resenha conferir os detalhes.
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RESUMO:
Norma, carinhosamente chamada de Nona, aproveita a reunião familiar na casa da Praia das Flores, onde todos costumavam se encontrar nas férias de fim de ano, para dar uma notícia dolorosa. A partir daí, sua neta mais querida tem a ideia de escrever o diário Memórias, que vai conter a biografia da vovó Nona. Para tal, ela pede à avó que lhe narre todos os fatos de sua vida. A história de Norma, entrelaçada à de Brian, com quem foi casada e constituiu sua numerosa família, é repleta de aventuras e impactantes emoções – desde a realização de um grande sonho de Brian, a construção de um hospital moderno que atendesse a toda a população, até o abrigo que Norma dirigia filantropicamente, no qual crianças carentes passavam o dia enquanto as mães trabalhavam, sendo perpassada ainda por tantos outros acontecimentos surpreendentes, alegres, angustiantes, como só uma mulher forte e resiliente como a vovó Nona poderia ter vivenciado.
O livro é um romance que mistura passado e presente e conta a história de Norma Molina através da sua neta. Norma está com câncer terminal no fígado, se recusa a fazer qualquer tipo de tratamento e, com isso, começa a contar as suas lembranças do passado da família Molina para a adolescente.
Vovó Nona começa a discorrer da sua fuga de casa para não casar de modo forçado pelo pai, sua chegada no Rio de Janeiro e sua vivência na pensão, como conheceu o marido Brian e o casamento, como vieram os filhos adotivos e bem depois a única filha de sangue, o hospital e alguns percalços que surgiram ao longo do caminho, os problemas dos filhos, o nascimento da neta, o surgimento da casa na Praia das Flores e o desencarne do marido.
Durante a narrativa o livro também aborda questões como o alcoolismo, traumas de guerra, ciúmes, inveja, ambição desmedida e machismo.
De férias, a menina vai colocando tudo no diário denominado Memórias e vai buscando fotos e se aprofundando nos assuntos que Norma contava. No meio do caminho descobre os motivos de sua própria mãe ser tão fria com ela e passa a compreendê-la.
Só depois de casada e com filhos, a neta resolve lançar um livro com todas as narrativas, incluindo ela própria.
As partes espirituais são bem sutis e vão caminhando junto com a história. Foca mais na parte da reforma íntima, caridade, fazer o bem sem olhar a quem e aprendizados ao longo da vida. E somente último capítulo tudo faz total sentido.
De polêmico somente a parte da pessoa não querer nenhum tratamento seja para melhorar ou paliativo. Mais durante a narrativa não foi aprofundado nada sobre isso. Tipo: “Ela não quer. Paciência. Segue o baile” e ponto.
O texto é de fácil compreensão a todos, bem gente como a gente mesmo. E a leitura é fluída.
Eu gostei da história, achei Norma uma mulher totalmente a frente do seu tempo e com um coração imenso. É um livro para quem deseja algo leve, sem se aprofundar em nada, para intercalar entre um estudo e outro. E também faz jus a aquelas pessoas com ranço de romance espírita.
É um livro para quem deseja algo leve, sem se aprofundar em nada, para intercalar entre um estudo e outro. E também faz jus a aquelas pessoas com ranço de romance espírita.
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