Há Dois Mil Anos – Francisco Cândido Xavier
Há Dois Mil Anos / Francisco Cândido Xavier / Pelo Espírito Emmanuel / 354 Páginas / Editora FEB / ☆☆☆☆☆
Ooooieeee! Tudo certo?
Como o filme sobre Paulo será lançado em outubro, aproveitei e comecei a reler os romances históricos escritos por Chico Xavier em parceria com Emmanuel. Ótima desculpa, não é mesmo? 😛
E bora conferir todos os detalhes na resenha.
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Quando eu errava no mundo
Triste e só, no meu caminho,
Chegaste, devagarinho,
E encheste meu coração.
A partir da psicografia de Francisco Cândido Xavier, o espírito Emmanuel descreve a existência física em que foi Publius Lentulus, orgulhoso senador designado para alto cargo na região da Palestina quando Jesus apresentava os ensinos de seu evangelho à Humanidade.Tendo como cenário o Cristianismo nascente do século I, Há dois mil anos mostra embates entre a arrogância das famílias patrícias e a simplicidade fraterna dos primeiros cristãos, numa trama em que opostos como sofrimento e alegria, esplendor e miséria, poder e escravidão, crueldade e benevolência, perdão e vingança se entrelaçam na realidade familiar de Publius Lentulus, interferindo em sua relação com os filhos e com a amada esposa Lívia, convertida aos sublimes ensinamentos de Jesus a contragosto do esposo.
Essa sequência de obras conta as encarnações de Emmanuel. A primeira parte passa-se ainda nos tempos de Jesus vivo e conta a doença contraída por Flávia, o encontro de Lentulus com Jesus e a cura da menina.
Públio possui uma sensibilidade muito forte e é intuido através de sonhos, porém, não acredita e prefere aprender pela dor. Já Lívia faz o caminho inverso. Mesmo sem entender os seus dons mediúnicos, confia em Jesus e o que está lhe sendo passado.
A partir daí, Lívia começa a sua caminhada espiritual junto com Ana (seu braço direito e esquerdo), enquanto Públio continua vaidoso, egocêntrico e colecionando inimigos. Por causa disso, Marcus é sequestrado e a vida do casal vira um mar de intrigas, desconfianças e muita falta de comunicação.
Aqui também temos a parte de Jesus crucificado, a tentativa de Lívia de salvar o Messias e as armadilhas criadas através desse fato. E, por fim a dissolução do casal e a abnegação total e paciência de Lívia em relação a esse fato.
O livro aborda paixões terrenas e sem controle, os machismos e pré-conceitos com mulheres tão comuns naquela época e, por causa desses fatores, ocorreu a morte de Simeão.
Na segunda parte temos Flávia, seus amores possessivos e casamento. O modo como a maioria dos homens lidava com o matrimônio. A continuação da fé, abnegação e paciência de Lívia junto com a Ana, assim como a vaidade, orgulho e egocentrismo de Públio.
Também é mostrado a agressividade cada vez mais forte para com as religiões, as armadilhas, os julgamentos. E depois os arrependimentos e perdões, até chegar em Públio e seu conhecimento consigo mesmo e com a Espiritualidade. E por fim, o que aconteceu realmente com Marcus e seu encontro, inesperado, com o pai.
As questões mediúnicas aparecem bem sutis e são mostradas através da fé e da oração. Além disso, traz na prática como é aprender pelo amor ou pela dor. E aquela famosa frase: “o que você faz com o que fizeram com você” está presente em toda a narrativa.
O texto é antigo e o Aurélio tem que estar presente em todos os momentos. 😛 A leitura não é para todos e tem que ir com calma para entendimento completo da história.
É possível entender porque essa obra é um clássico e querida por muitos. Chico e Emmanuel fizeram uma tremenda obra prima.
Onde Achar:
Disponível em formato físico e e-book:
(Blog ganha comissão por venda)
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Beijos! 😉
[…] via suicídio e como anda a vida de Fúlvia, personagem tão presente em Há Dois Mil Anos (Post aqui). Aqui vemos que a moça não mudou absolutamente em nada e o quanto sofreu no mundo espiritual. […]