Hidratando a Alma: Filme A Filha Perdida
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Partiu hidratar a alma nesse sabadão com o filme espiritualista de hoje: A Filha Perdida, lançado em 2021, com direção de Maggie Gyllenhaal, é baseado no livro de mesmo nome da autora Elena Ferrante e está disponível no catálogo da Netflix.
Antes, um aviso: A resenha possui spoilers e o filme tem bastante gatilhos. Caso você esteja sensível emocional ou espiritualmente falando, nem leia a resenha nem veja o filme. Qualquer coisa procure o CVV.
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Em A Filha Perdida, Leda (Olivia Colman) é uma mulher de meia-idade divorciada, devotada para sua área acadêmica como uma professora de inglês e para suas filhas. Quando ambas as filhas decidem ir para o Canadá e ficarem com seu pai nas férias, Leda já antecipa sua rotina sozinha. Porém, apesar de se sentir envergonhada pela sensação de solitude, ela começa a se sentir mais leva e solta e decide, portanto, ir para uma cidade costeira na Grécia. Porém, ao passar dos dias, Leda encontra uma família que por sua mera existência a faz lembrar de períodos difíceis e sacrifícios que teve de tomar como mãe. Uma história comovente de uma mulher que precisa se recuperar e confrontar o seu passado.
O filme tem Leda como protagonista e a mesma é uma senhora de meia-idade, divorciada que tem duas filhas e resolve passar férias na Grécia, enquanto suas filhas decidem visitar o pai no Canadá.
A partir de então, a obra começa a discorrer sobre duas questões principais: Livre arbítrio e obsessão.
Tudo estava indo bem até Leda começar a sentir uma certa curiosidade quanto a uma jovem mãe e sua filha que estão sempre nos mesmos locais que ela. Além disso, memórias do passado vão surgindo na mente da protagonista e o telespectador vai acompanhando o passado e presente como se fossem uma única situação.
A curiosidade começa a se tornar uma grande obsessão quando a mesma decide roubar a boneca da filha da jovem mãe a troco de nada. E enquanto mãe e filha ficam desesperadas a procura da boneca, Leda começa a tratar o objeto como uma verdadeira filha.
Com isso, o telespectador vai entendendo os motivos de tanto cuidado. No passado, a protagonista não aguentando a maternidade, foi embora e largou as duas meninas com o pai. Voltou de 3 anos, e a partir desta parte, os fatos começam a se tornar um pouco obscuros quanto a sua relação com as filhas.
A narrativa que se mantinha linear, inicia um outro rumo, ou popularmente conhecido como plot twist. Enquanto no presente, Leda continua com sua obsessão com a boneca e a mãe da criança, no passado a mesma surge com diversas malas e sai andando sem direção com o carro.
Ao contrário do imaginado, o filme não possui um final fixo e fica a critério do telespectador fazer seu próprio desfecho, digamos assim. E ainda dá margem para uma continuação. No livro e, até onde me lembro, a protagonista fica curiosa com a mãe em questão por ela ser bem parecida com a filha que está desaparecida.
O filme também aborda a questão da maternidade em si e de como ser mãe é uma questão tranquila para algumas pessoas, nem tanto para outras e a importância do autoconhecimento para entendimento neste fator totalmente pessoal.
Terminou o filme e cheguei a duas conclusões e desfechos: Ela matou as meninas, depois cometeu suicídio e recém está acordando depois de um longo tempo dormindo. E, por achar estar encarnada, mentaliza um contato com as filhas. O outro é ela ter matado as filhas, ter se arrependido, resolveu sair para aí e criou uma forte obsessão por uma jovem mãe, assim como ela foi, só que com atitudes diferentes das suas. Eu vi dessas formas, mas com certeza, tiveram outros inúmeros entendimentos e teorias e também tiveram aqueles que viram somente uma pessoa que não conseguiu ser mãe como a sociedade exige e simples assim.
Qualquer dúvida ou sugestão é só escrever nos comentários ou enviar um e-mail para contato@hidratarvicia.com.br
Beijos! 🙂