A Morte É Um Dia Que Vale A Pena Viver – Ana Cláudia Quintana Arantes
A Morte É Um Dia Que Vale A Pena Viver / Ana Cláudia Quintana Arantes / 192 Páginas / Editora Sextante / ☆☆☆☆☆
Oooiiieeee!!!
Depois de muito enrolar e também de ser uma indicação de uma seguidora lá no Instagram (Muito obrigada), enfim, peguei para ler A Morte É Um Dia Que Vale A Pena Viver da autora e médica Ana Cláudia Quintana Arantes.
A mesma é pioneira nos cuidados paliativos de forma mais humana, pessoal e com muitos aprendizados e Espiritualidade, e sendo assim, resolveu escrever um livro contando toda a sua trajetória e também dando seu parecer sobre esse novo estilo de cuidados que faz o paciente viver da melhor forma possível até o último dia da sua encarnação.
Partiu conferir todos os detalhes na resenha abaixo.
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Uma das maiores referências sobre Cuidados Paliativos no Brasil, a autora aborda o tema da finitude sob um ângulo surpreendente. Segundo ela, o que deveria nos assustar não é a morte em si, mas a possibilidade de chegarmos ao fim da vida sem aproveitá-la, de não usarmos nosso tempo da maneira que gostaríamos. Invertendo a perspectiva do senso comum, somos levados a repensar nossa própria existência e a oferecer às pessoas ao redor a oportunidade de viverem bem até o dia de sua partida. Em vez de medo e angústia, devemos aceitar nossa essência para que o fim seja apenas o término natural de uma caminhada. Em A morte é um dia que vale a pena viver, Ana Claudia tem a coragem de lidar com um tema que é ainda um tabu. Em toda a sua vida profissional, a médica enfrentou dificuldades para ser compreendida, para convencer que o paciente merece atenção mesmo quando não há mais chances de cura. Após toda a luta, agora os Cuidados Paliativos têm status de política pública, recebendo do Estado a atenção que ela sempre sonhou.
Ao todo, são 26 capítulos, mais a capa, créditos, introdução, agradecimentos e sobre a autora.
Do começo até o 4º capítulo, Ana Cláudia vai discorrendo sobre sua trajetória na vida, na profissão e como sempre foi vista como um ET pelos colegas por tratar a morte como natural e do cotidiano. Também comenta sobre os muitos pré-conceitos e tabus enfrentados e derrubados. Nesta parte lembra muito quando espíritas começam a falar em algum lugar sobre o Espiritismo e a morte como algo natural e da vida.
A partir do 5º capítulo chamado Cuidados Paliativos – O Que São?, a autora começa a abordar todo o seu trabalho e o que são os cuidados paliativos, sempre deixando bem claro que é totalmente diferente da eutanásia. Depois comenta sobre empatia ou compaixão, medo da morte e medo da vida, conversas sobre a morte, considerações sobre o tempo, como ajudar alguém a morrer, permissão para a morte natural, o processo ativo de morrer e dissolução dos quatro elementos, a verdade pode matar?, a contemplação da morte, zumbis existenciais, todos chegaremos ao fim. Qual caminho é o mais difícil até esse dia?, a dimensão espiritual do sofrimento, arrependimentos, sentimentos sem máscaras, trabalhar para viver e viver para trabalhar, afinidades eletivas, fazer-se feliz e as nossas mortes de cada dia.
Por fim, Ana Cláudia fala sobre algumas questões técnicas envolvendo sua profissão e o durante e após os cuidados paliativos desencadenando nos desencarnes como podemos escolher como morrer: considerações sobre testamento vital, a vida deposi da morte: o tempo do luto e vamos falar sobre o Brasil.
Durante toda a narrativa, a autora e médica vai quebrando tabus como se contar a verdade ao doente, o mesmo desecarna mais rápido e lembra seu cotidiano nos dois hospitais que trabalha, sendo um particular e outro público, como se tornou referência no assunto, seu convívio com os colegas, como se comportam os pacientes nos seus últimos dias e seus arrependimentos e as ligações dos mesmos com Deus e a fé.
O texto é de fácil entendimento e a leitura é densa e fluída ao mesmo tempo, sendo necessário algumas pausas para reflexão e absorção do que está escrito. E apenas que você termina o livro, ainda mais encantada e admirada com a Ana Cláudia e seu trabalho único, humano e deveras espiritualista. Existem alguns aspectos que muito se interligam com o Espiritismo e os espíritas, principalmente quanto ao pré-conceito alheio com a morte, a empatia e compaixão e saber ouvir o outro quando necessário sem julgar.
Onde Achar:
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