07/10/2023

Hidratando a Alma: Filme “A Médium” – Banjong Pisanthanakun

Por Juliana Morgensten de Souza

Oooooiiieeee!!!

Partiu hidratar a alma nesse sabadão com o filme espiritualista de hoje: A Médium, lançado em 2022, com direção de Banjong Pisanthanakun e está disponível na Amazon Prime Video.

Antes, um aviso: O filme é pesadíssimo e possui MUITOS gatilhos. Se estiver sensível emocionalmente, e principalmente, espiritualmente, procure o CVV.

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SINOPSE:

Em A Médium, Uma equipe de documentários tailandesas viaja para a parte nordeste da Tailândia para documentar a vida cotidiana de um médium local, Nim, que é possuído pelo espírito de Bayan, uma divindade local que os aldeões adoram. Bayan é um deus ancestral e possui mulheres na família de Nim há gerações. A última na linha de sucessão foi a irmã de Nim, Noi. No entanto, Noi não queria ser médium e se voltou para o cristianismo. O espírito de Bayan mudou-se para Nim e está com ela desde então. Após a mulher fazer uma revelação horripilante sobre a família de sua irmã, sua sobrinha Mink, começa a exibir comportamentos estranhos. Nim está inicialmente convencido de que Bayan deseja que Mink seja o sucessor de Nim, mas Noi se recusa a deixar Nim realizar uma Cerimônia de Aceitação para mover o espírito de Bayan para sua filha. Mas, a deusa que eles tanto adoravam, talvez não seja o que sempre acharam.

O mesmo é em formato de documentário, é considerado de terror e possui, inicialmente, Nim como protagonista.

A velha senhora é conhecida na região de Isan na Tailândia por causa das suas questões e curas espirituais herdadas da sua família, pois a entidade Bayan é uma deusa ancestral que só trabalha com as mulheres desse determinado núcleo familiar.

Com isso, a primeira parte é com o telespectador acompanhando Nim no seu trabalho e convívio com seus familiares, onde nem todos respeitam a crença assim… e igualmente os dons mediúnicos. Em especial, a irmã Noi que recusou trabalhar com a deusa, com as curas e auxílios igual a Nim e se fechou como se não houvesse amanhã indo para o Cristianismo…. na Tailândia.

A transição dos fatos vai acontecendo de um modo muito tênue e no contínuo formato de documentário para desvendar os mistérios daquela tradicional família. Depois da morte de um membro da família e de outras pessoas da região, é a filha de Noi chamada Mink que passa a chamar a atenção.

A moça passa a ter comportamentos espirituais estranhos, com Nim tentando ajudar de alguma forma e Noi recusando de todo o jeito. Curiosa, Mink continua adentrando o mundo da espiritualidade do seu jeitinho e como se não houvesse amanhã….e tudo isso com a mediunidade abertíssima e sem nenhum conhecimento real oficial nem amparo de fato.

Com o passar do tempo, é mostrado ao telespectador a importância do livre arbítrio e o respeito as escolhas de cada pessoa e da família como um todo. Além disso, a vaidade e ego são colocadas de formas sutis, porém, extremamente presentes.

A Médium igualmente relata que existem muitos caminhos espirituais a serem percorridos e todas as crenças devem ser respeitadas mutuamente. E por aqui me vem muito a questão que certos auxílios só funcionam na Doutrina Espírita, outras em crenças africanas / terreiros, muitas com o combo entre as duas e outras tantas com um combo múltiplo, inclusive com crenças espiritualistas junto.

Por causa de não respeitar as crenças e escolhas alheias, o filme vai tomando caminhos, de certa forma, desnecessários e com Nim, cada vez mais, ficando de mãos atadas e mais perdida do que cego em tiroteio. E Mink cada vez mais descontrolada mediunicamente falando e tendo que conviver com a competição velada entre irmãs. E, com isso também, o filme torna-se pesadíssimo do pesadíssimo do pesadíssimo e coloca na prática questões consideradas tabus nos meios sociais e até espirituais. Tudo de uma forma bem exagerada como todo filme de terror e extremamente reflexivo.

A Médium não é aquele aprendizado com leveza, mas tira debaixo do tapete inúmeros temas espirituais feat. sociais a serem pensados e debatidos. Um deles é: Desvalidar uma crença inteira por ver que aquilo não é todo um mundo, toda uma verdade e não conseguir alimentar meu ego e minha vaidade, ainda mais no meu próprio núcleo familiar. Resumidamente e trazendo para a realidade: Desvalidar todo o Espiritismo porque adentrei e conheci, sem querer querendo, a Magia Negra de baixíssima-issima vibração e também a importância de saber que, também querendo ou não, sempre existe envolvimento quando se lida com a própria família, mesmo se achando a maior profissional e conhecedora do Universo todinho.

Qualquer dúvida ou sugestão é só escrever nos comentários ou enviar um e-mail para contato@hidratarvicia.com.br

Beijos! 🙂