Hidratando a Alma: Série Todo Dia A Mesma Noite
Oooiiieeee!!!
Partiu hidratar a alma nesse sabadão com a mini série espiritualista de hoje: Todo Dia A Mesma Noite, que possui 5 episódios, com direção de Carol Minêm e Julia Rezende, baseado no livro de mesmo nome da autora Daniela Arbex (Post aqui) e está disponível na Netflix.
A série conta o trágico fato na boate Kiss que aconteceu em Santa Maria (RS) em 27 de Janeiro de 2013 e este ano completa 10 anos. Em meio ao foco principal, são colocadas histórias reais de pessoas que vivenciaram a situação e desencarnam ou tiveram que lutar para sobreviver por causa das várias queimaduras e amputação.
Antes, um aviso: A obra é extremamente pesada e densa. Melhor não assistir a série nem ler a resenha se estiver sensível emocional ou espiritualmente. Qualquer coisa procure o CVV.
(Conteúdos exclusivos no Instagram por aqui e no Tik Tok por aqui)
Baseado na obra de Daniela Arbex, Todo Dia a Mesma Noite acompanha a tragédia real envolvendo o incêndio na Boate Kiss. Em 2013, em Santa Maria, no Rio Grande do Sul, um descuido de segurança acarretou em um terrível incêndio que rapidamente tomou conta de todo o espaço da casa de festas. 242 jovens que estavam no local perderam a vida. A trama acompanha, partindo do momento do acidente, as histórias dos impactados por ela em diferentes pontos de vista, como o trbalho das equipes de resgate, as consequências para os sobreviventes e a negligência dos empresários da organização da boate. A mini-série ficcional enfatiza a luta das famílias das vítimas, que seguem em busca de justiça até hoje – uma década depois.
Com isso, os dois primeiros capítulos vão abordando o antes e durante do incêndio. Por aqui são mostradas as fortes intuições de alguns personagens tanto para não querer ir e acabar indo, a intuição materna e o sair antes do grande acontecimento. Também é colocado em formas bem discretas o desencarnar e a falta de consciência daqueles jovens sem nenhum conhecimento espiritual.
Depois dos enterros e a partir do terceiro episódio vem a parte do luto em todos os aspectos e canalizado, ou não, de diversas formas. Na série focaram mais na questão da justiça e a linha mega tênue entre procurar saber os culpados e tomar providências e fazer da questão um luto contínuo e uma bengala para não dar nenhum passo a frente. Nesta parte mostra um ponto delicado que é: Um pai e também trabalhador da Justiça sendo, de certa forma, grato por a filha ter sido salva do incêndio e tendo que conviver com muitos pais e familiares enlutados.
Inclusive para quem busca saber mais dos pais enlutados e que partiram mais para o viés espiritual e as cartas consoladoras, uma ótima pedida é o livro Nossa Nova Caminhada da autora Lidiana Bottega e que já teve resenha por aqui. E sim! A mesma obra que se tornou polêmica no julgamento.
Já o que diferencia a mini série do livro Todo Dia a Mesma Noite da autora Daniela Arbex é que no texto foram colocados antes, durante e depois dos acontecimentos com mais intuições, aqueles que iam e acabaram ficando em casa e vice-versa e também a falta de empatia desde ainda nos primeiros dias e depois. Na série este fato só foi mostrado bem para o final e rapidíssimo.
De forma geral, é uma série bem reflexiva, principalmente na questão do luto e do apego ao sofrimento extremo. Inclusive também deixa nas entrelinhas quantos pais e familiares desencarnaram ou adoeceram gravemente nesses 10 anos e, de certa forma, também são vítimas da boate Kiss.
Se você tiver tempo consegue ver em um único dia porque são apenas 5 capítulos com uma média de 40 minutos cada. E por fim: Uma menção honrosa a Paola Antonini no papel da Kelen Ferreira. Realmente não poderia ter sido outra pessoa e, ao mesmo tempo, também relembrando o seu próprio passado e o quanto foi resiliente pra caramba.
Qualquer dúvida ou sugestão é só escrever nos comentários ou enviar um e-mail para contato@hidratarvicia.com.br
Beijos! 🙂