Calvário Redentor – Antonieta V. Meyer
Calvário Redentor / Antonieta V. Meyer / Pelo Espírito José Euclides / 224 Páginas / Editora IDE / ☆☆☆☆☆
Oooiiieee!!!
E enfim e por indicação de um seguidor lá no Instagram (Muito obrigada!) peguei para ler Calvário Redentor da autora Antonieta V. Meyer em parceria com o espírito José Euclides e lançado pela Editora Ide.
Antes, um aviso: A resenha contém spoilers que são necessárias para o entendimento geral.
Partiu conferir todos os detalhes no post abaixo.
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Obra magnífica, de narrativa tocante, despertando os corações para os sofrimentos dos portadores da hanseníase. Esta história, verídica, é dedicada pelo autor espiritual a todos aqueles que passam e passaram por este problema nos leprosários do mundo.
O mesmo é um romance espírita antigo e começa com o próprio amigo espiritual introduzindo a narrativa e avisando tratar sobre uma história verídica, onde naquela encarnação ele era o filho ambicioso e sem um pingo de empatia e depois a história passa a ser “vista de cima”, digamos assim.
Sendo assim, o livro inicia em uma cidade no interior da China chamada Cantão e com o casal Tung e Li como protagonistas e ainda tinha o Kiang.
Tudo estava indo bem até Li contrair lepra, que na época, era a grande doença contagiosa do momento. Pensando na reputação social, pois era muito conhecido por muitas pessoas ao redor do mundo e fazendo a vontade do seu filho e sucessor, Tung resolve trancar Li em um pequeno porão em uma residência da família bem afastada e onde só se vivia empregados. Além disso, ainda avisa que a mesma desencarnou e só ficando ele e o filho no mundo.
Com isso resolvido, a dupla resolve viajar antes de Kiang começar seus estudos em Paris e, a partir de então, o leitor passa a acompanhar os dois como se nada tivesse acontecido teoricamente e inicialmente. Ao contrário do imaginado pelo pai e frustrando suas expectativas, o jovem rapaz torna-se outro ao conhecer o mundo e todos os encantos e tentações. Sem remorso algum, Kiang coloca em jogo a personalidade arrogante e prepotente que era escondida e abrandada pela submissão do pai.
Ao mesmo tempo, o livro também vai discorrendo sobre os dias de Li presa no porão, somente tendo a visita e a empatia de uma empregada muda. Contrariando as expectativas, a protagonista mostra um resiliência, força e fé fora do comum.
Sendo assim, Calvário Redentor vai mesclando as viagens de pai e filho que são dignas de filme com a expiação de Li e enquanto ela vai subindo as escadas, o filho faz o caminho inverso e, com o passar dos dias, Tung começa a se arrepender das suas escolhas e tudo piora quando ele, sem saber como, também contrai lepra.
Com seu mais novo estado de saúde, o livro entra em uma nova fase com Tung voltando a viver em Cantão isolado, contando com o auxílio de um empregado e com a doença vindo com tudo, Kiang vivendo sua vida de luxos, posses e com muita arrogância e prepotência e Li, simplesmente, na mesma sempre com calma, força interior e com a doença incrivelmente estacionada.
As partes espirituais vão acontecendo ao longo de todo livro e seu momento de maior intensidade é quando uma antiga amiga de Li tem uma forte intuição sobre o real destino da mesma e que algo está errado com as narrativas apresentadas por pai e filho.
O livro também aborda o livre arbítrio, empatia, caridade, como lidar como suas provas e expiações, os laços familiares e as consequências de atitudes pensadas somente por causa social.
O texto é de fácil entendimento e a leitura vai ficando mais fluída ao longo da narrativa. Eu não tinha lido nada da autora e me encantei. Tudo bem explicado, com todas as histórias se fechando e com cada plot twist de se ficar zonza. E claro, você termina querendo colocar Li em um potinho e vira fã da sua resiliência durante tantos e tantos anos.
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